Robert F. Kennedy Jr., que concorreu como independente à presidência dos EUA, anunciou na sexta-feira sua desistência da corrida e seu apoio ao republicano Donald Trump. Kennedy, sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy, criticou os democratas, acusando-os de serem o partido da censura e das guerras intermináveis.
“Prometi que sairia da corrida se me tornasse um obstáculo”, declarou o ex-democrata, que deixou o partido em outubro de 2023. “Não vejo mais um caminho viável para a vitória”, acrescentou.
Kennedy vai retirar seu nome apenas de dez estados-chave, como Pensilvânia e Arizona, para evitar que sua candidatura favoreça a democrata Kamala Harris. Nos demais estados, os eleitores ainda poderão votar nele, apesar do fim das atividades da campanha.
Ele justificou sua decisão com base em sondagens que indicaram que sua presença nos estados críticos poderia acabar beneficiando os democratas, partido com o qual ele tem divergências profundas.
A mudança de postura de Kennedy, que começou a colaborar com Trump após a tentativa de assassinato deste, pode levar a uma possível nomeação para um cargo na futura administração republicana. Kennedy também criticou Kamala Harris por não abordar de maneira eficaz a crise das doenças crônicas, um dos motivos que o levou a apoiar Trump.
“Esta decisão é extremamente difícil para mim”, disse Kennedy, destacando o impacto que isso pode ter em sua família. “Vamos restaurar a saúde dos americanos. Se Trump for eleito e cumprir suas promessas, o problema das doenças crônicas será resolvido.”
A família de Kennedy tem criticado sua campanha e suas posições, especialmente suas teorias da conspiração sobre vacinas, o que tem causado tensão com os democratas.